04. CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO QUATRO
❛ pathetic ❜
ELES O MORDERAM. Quatro mordidas em seus membros com veneno suficiente para paralisá-lo, mas não o suficiente para feri-lo seriamente. Ele podia sentir sua pele de mármore rachar sob suas presas. Ellis se sentiu pateticamente vulnerável quando o grande vampiro corpulento o pegou, seus braços o restringindo facilmente. Ele era enorme. Ellis se sentiu como uma criança pequena novamente, perdido e com medo.
O lobo dourado soltou um pequeno gole e os olhos de Ellis dispararam em sua direção. Seus olhos se conectaram e Ellis sentiu seu medo aparecer em seu rosto. Foi apenas por um segundo, mas aquele pequeno lampejo de vulnerabilidade atingiu o alvo. O lobo dourado rosnou e fez menção de avançar, mas foi contido pelo resto de sua matilha.
— Você disse que não me machucaria. — Ellis acusou, mostrando os dentes em um rosnado de raiva para Carlisle.
— Não faremos. — o vampiro mais velho assegurou. — Isto é para sua própria segurança, assim como para a nossa. Emmet, Jasper. — ele se dirigiu aos dois homens. — Levem-no para o porão e tragam um pouco de sangue para acalmá-lo. Não o machuquem.
O homem de cabelos longos e loiros e o cara carregando Ellis assentiram. Eles começaram a correr rapidamente, as árvores ficando borradas enquanto aceleravam. Ellis lutou e protestou, gritando e rosnando até que Emmet colocou uma grande mão sobre a boca. — Cale a boca. — ele rosnou. — Ou nós entregaremos você de volta para Victoria.
Ellis calou a boca.
Eles o levaram para uma casa no meio da floresta. Era um prédio moderno, todo feito de madeira e vidro de cores escuras. Ellis achou que parecia bem caseiro, apesar dos ocupantes mortos-vivos. As janelas grandes e os móveis arejados permitiam que o máximo de luz possível entrasse no cômodo. Ellis teve um vislumbre de um lindo piano de cauda preto e estremeceu. O instrumento trouxe de volta coisas que ele preferiria esquecer.
Ele foi rapidamente levado pela sala de estar e por um lance de escadas nos fundos da casa. Os dois homens finalmente o deixaram em uma sala subterrânea feita completamente de concreto. Assim que ele tocou o chão, Ellis estava se arrastando para um canto, se tornando o menor possível. O concreto bloqueava qualquer barulho de fora, isolando Ellis de seus arredores.
— É assim que você trata seus convidados? — ele perguntou sarcasticamente. — Estou honrado.
O homem de cabelos longos o ignorou, dando um passo à frente, ele examinou Ellis com seus olhos dourados. Uma sensação letárgica se instalou sobre ele, fazendo-o querer relaxar contra a parede. — Você não é um recém-criado. — o homem observou. — Se você não é um recém-criado, então por que Victoria ainda não te matou?
— Não vou responder até Carlisle chegar. — Ellis retrucou. — Não gosto de repetir.
Houve um silêncio tenso. Pode ter sido apenas um minuto, mas para Ellis pareceu muito mais. Eventualmente, eles puderam ouvir passos silenciosos quando Carlisle apareceu. Em sua mão estava uma bolsa de sangue que ele ofereceu a Ellis. Carlisle sorriu ao ver a hesitação de Ellis. — Está tudo bem. Não foi adulterado. — antes que ele terminasse de falar, a bolsa de sangue estava fora de suas mãos e sendo drenada rapidamente.
Jogando a sacola vazia fora, Ellis limpou a boca. — Então... — ele falou com certa hostilidade. — O que você quer saber? Quer dizer, não faz sentido guardar informações. Eu estou morto se Victoria me pegar.
Enquanto ele falava, Edward e outros dois entraram na sala. Ambos os recém-chegados compartilhavam a mesma pele dourada e cabelo preto como tinta. Um era um jovem grande, provavelmente em torno de seus vinte e poucos anos, que estava fortemente dominador. O outro era um garoto, em torno da idade de Ellis, que estava olhando para Ellis com admiração. Ellis sibilou para eles e se afastou deles o máximo que pôde. Eles cheiravam a cachorro molhado e isso queimava seu nariz.
— Você vai me matar? — Ellis perguntou em voz baixa. Os dois recém-chegados o estavam deixando nervoso.
— Vocês estão assustando ele. — Edward falou alto para os dois lobos. — Ele está com medo de nós. Ele está tentando agir como se fosse mais velho do que é, mas ele é jovem. Não demora muito para que ele comece a agir por instinto.
Edward estava certo. Medo e pânico estavam lentamente corroendo a racionalidade de Ellis.
— Pare de falar de mim como se eu não estivesse aqui. — ele retrucou com um rosnado.
— Jasper. — Carlisle chamou e uma onda de calma se espalhou pela sala. Ellis sentiu-se um pouco mais calmo.
— Agora, por que você não nos conta por que está aqui. — Carlisle sugeriu. Ellis mordeu o lábio por um momento, em silêncio enquanto tentava organizar seus pensamentos. Memórias passaram por seus olhos e ele estremeceu.
Edward decidiu falar por ele, lendo diretamente de sua mente. — Ele se chama Ellis Francis e tem quinze anos. Ele está aqui porque odeia Victoria por transformá-lo e deseja vê-la morrer. Ele poderia ter desaparecido e escapado agora, mas não o fará porque...
— Eu posso falar por mim mesmo, muito obrigado. — Ellis rosnou, interrompendo-o. — Eu entendo que você pode ler minha mente, mas pode parar agora. — de pé sobre as pernas ligeiramente trêmulas, Ellis encontrou todos os olhares com olhos inabaláveis. — Victoria me transformou há pouco mais de um ano por acidente. Ela me enviou em uma viagem para o norte e quando voltei James estava morto e Laurent tinha ido embora. Ela quer que eu a ajude a vingar James, mas eu não quero. Eu a odeio. — Ellis cuspiu a última frase, os olhos vivos. — Eu só fiquei com eles tanto tempo porque sabia que James me pegaria se eu fugisse. Há cerca de vinte e dois recém-criados em seu exército, mas os números mudam frequentemente, então não tenho certeza de quantos ela terá quando vocês lutarem. Mas isso é tudo que posso fazer.
Carlisle assentiu solenemente antes de colocar uma mão no ombro de Ellis. — Você vai ficar conosco por um tempo. — ele disse enquanto começava a guiar Ellis em direção às escadas. — Então, vamos apresentá-lo a todos.
— Não toque em Bella. — Edward ameaçou quando Ellis passou por ele.
Ellis zombou fracamente, sentindo-se emocionalmente esgotado. — Como se isso fosse uma sentença de morte instantânea. Eu consigo manter um certo controle. — essa resposta pareceu satisfazer Edward e ele assentiu.
Ao passarem pelos dois lobos, o homem soltou um rosnado baixo de aviso, obviamente não feliz com a presença de Ellis. O garoto manteve os olhos em Ellis, observando-o com um olhar que o perturbou. O vermelho encontrou o marrom mel e Ellis desviou o olhar. Aquele olhar o fez se sentir mais nervoso do que nunca. Havia algo ali, provavelmente o jeito como o garoto olhava para Ellis como se tivesse pendurado a lua, que fez a pele de Ellis formigar.
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